2.8.11

Sem título.

Te procurei em tuas fotos, procurei, procurei, não me achei, não te achei. Enquanto isso é um tal de correr do coração, se esconder pela estrada. Dar pulos, dar uivos, dar passos, passos... passando. Porque chega um tempo em que acreditar nessa história de conto de fadas é só uma lembrança remota da infância. A vida berra, espuma, tá bem aí, na tua, na minha frente. E vamos nos guardando, nos fechando, envelhecendo. Podres. Velhos. 

Porque esse tal de se apaixonar é ridículo. 

Um brinde às ridiculezas dessa breve... vida... breve.

27.5.11

ano.

2011 começou e terminou. A gente cai, levanta, tropeça, conserta o passo. E caminha. Sonha, é ingênuo. Deseja e desdenha.

Estamos em maio. Ainda há muito o que sentir. O ano nem bem começou. Tenho apenas 25 anos e um coração inquieto que, apesar de tudo, acredita e vibra.

Eu já sinto como se não o conhecesse há muito tempo. As perdas que tive se tornaram pixels. E o coração está aí. Para o mundo.
porque eu disse todas as coisas enquanto olhava para você.

20.5.11

Já faz tempo.

Sentimento bonito não depende de ninguém, só da gente. Romântica demais? Sempre fui. Intensa? Nunca vou dizer que não. Que venham doces novembros, retroativos agostos, setembros. Julhos, junhos, maios.

É força que grita, que impulsiona. Que é latente. A cada segundo, minuto.

Simples.

8.1.11

porque parece...

Eu sou apaixonada, sempre fui. 

Cato sonhos nas esquinas, fotografo os gestos e fecho os olhos para me lembrar.



Quantas cartas já escrevi? Perdi a conta. Foram muitas, pelo que me lembro. Será que o carteiro perdeu alguma pelo caminho? Pode ser, se já não foi.

"saudade de um tempo mais inocente, mais verdadeiro, saudades de mim, de quando eu tinha tempo pra sonhar", isto estava em uma das cartas, talvez seja uma de minhas lembranças mais remotas. Ou então, aquelas fotos, que encontrei dentre os guardados passados, tenham me revivido memórias de um tempo que já não sei onde ficou.


4.12.10

Soltas.

Vontade de sair escorrendo. Fluida, líquida.

Escorrer com os pés no chão.

Porque, às vezes, eu calo demais dentro de mim.

E a vida? Vai passando.

Saudade de sonhar doce.

I still remember the day i knew.

8.7.10

"Tivesse medo? O medo da confusão das coisas, no mover desses futuros, que tudo é desordem. E, enquanto houver no mundo um vivente medroso, um menino tremor, todos perigam - o contagioso. Mas ninguém tem a licença de fazer medo no outros, ninguém tenha. O maior direito que é meu - o que quero e sobrequero - : é que ninguém tem o direito de fazer medo em mim!".

Pág. 298, Grande Sertão: Veredas.

28.6.10

sweet

ela escutava a caneta rasgar o papel e arranhar a mesa.

'cause I know... and licked all my dreams.

24.6.10

quantos amores você esconde?

19.6.10

.

como se fosse um copo de plástico, daqueles descartável.


saberia, teresa, qual a força daquela vírgula? quantas gramáticas a aprovaria?

era um ponto, teresa. um ponto daqueles descartável.

11.6.10

o silêncio

não podia falar, claro que não.

era contra todas as regras, todas.

9.6.10

limite

de repente a dor chega e consome. inteira. o pedaço, o inteiro.

são muitas vozes, o tempo todo, muitas vozes, muitas, muitos.
quanto custa uma dose de tranquilidade? qual era o endereço de anna?


bateu a porta, a chave caiu. não deixou bilhetes, não deixou sonhos, não deixou restos. o vazio e o eco.
anna... foi.

10.3.10

um pouco

eu sempre me apaixonei por vozes, sussurros, sopros.

não me pergunte por quê, mas hoje me apaixonei por você, porém não conte pra ninguém e finja que não sabe.

é, isso mesmo, eu me apaixonei.
sabe aquele sapato de palhaço enorme que eu te dei? 
calce.
sabe os sonhos que eu tenho? 
realize.

na verdade, dessa vez, eu não quero que você saiba que eu te quero, porque acho que agora chegou a hora de alguém me querer. 
eu já quis demais, já criei mil estratégias, já procurei, procurei até achar. até amar, até casar, até cansar, até acabar.

me queira.

9.3.10

fragmentos

qual o pecado ao dizer que quero um princípe pra mim? não sou mulher de querer menos e nem posso me dar a esse luxo. lembra do abacaxi? pois é, eu comprava todos os dias quando sabia que você ia dormir na minha casa, o colocava na geladeira e deixava geladinho para, na manhã seguinte, você poder se deliciar. às vezes sou meio macho em certas atitudes, gosto de cuidar, de ninar, mas acorde mais cedo e faça o café da manhã, ok?! você diz que não lê pensamentos, mas tente, me surpreenda.


o telefone tocou ontem, vi que era prefixo de BH e não quis atender. já tem 7 anos e não posso me lembrar que você existe. me casei com a primeira namorada que tive depois de você, pois ela engravidou (o que você sabe que, pra mim, é algo confuso). você me traiu, me trocou pelo rock star de merda. quantas vidas você teve depois daquela?


eu não queria ter visto você ontem. não daquele jeito.

21.2.10

sonhos coloridos

Tenho muitos sonhos embutidos nos calcanhares, mas não lhe contei qual a cor de cada um deles. Talvez foi porque você saiu correndo aquele dia, afinal, não poderia ficar preso no trânsito e estava atrasado. Por quantas esquinas você passou durante todo esse tempo? Em quais você virou? E quantas ainda o esperam?
Desde pequena sou muito pequena para saber de algumas coisas e grande demais para buscá-las. E, confesso que, ultimamente tenho sentido muitos cheiros enquanto caminho, são vários aromas e, alguns, tão gostosos que dá vontade de pegar.

Ah! Mas certas coisas prefiro não saber porque as sinto também, claro, mas com outros protagonistas.
Seria pretensão demais dizer que me vivo sozinha? Acho que não.

Enfim, Eduardo, nós fomos felizes e meus sonhos continuam aqui. Um dia pode ser que lhe conte as cores deles, talvez.